Inteligência de Bolsonaro seguia passos de Moraes e apoiava golpistas
Alexandre de Moraes, ministro do STF, divulga informações alarmantes sobre tentativa de golpe bolsonarista.

Diamantino Junior
Publicado em: 04/01/2024 às 11:58 | Atualizado em: 04/01/2024 às 11:58
No mais recente desenvolvimento do episódio que revelou um plano de golpe por parte de bolsonaristas em janeiro de 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, divulgou detalhes alarmantes sobre a conspiração.
Além da intenção de enforcá-lo, Moraes afirmou ao jornal O Globo que os conspiradores buscavam o apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do governo Jair Bolsonaro (PL).
O ministro do STF descreveu o plano, destacando a participação das Forças Especiais do Exército sediadas em Goiânia, que seriam utilizadas para efetuar sua prisão e posteriormente executá-lo.
O papel da Abin, segundo Moraes, era monitorar seus movimentos, evidenciando uma tentativa planejada de interferência nos processos judiciais.
“Houve o planejamento, uma tentativa de planejamento, inclusive com participação da Abin, que monitorava meus passos para quando houvesse necessidade, realizar essa prisão”, revelou o ministro em sua entrevista ao jornal.
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Essa revelação reforça a gravidade do cenário político no Brasil, indicando a existência de planos concretos para atacar membros do Judiciário.
O episódio também destaca as tensões entre o Poder Executivo e o Judiciário, evidenciando o uso de agências de inteligência para propósitos questionáveis.
O ex-presidente Bolsonaro enfrenta pressão e críticas por seu suposto envolvimento no plano, levando a questões sobre a integridade das instituições democráticas.
O caso coloca em destaque a necessidade de investigações aprofundadas e a garantia da independência do Judiciário para preservar o Estado de Direito e a estabilidade democrática no país.
Entrevista
Em entrevista foi divulgada ontem (4), Alexandre de Moraes revelou um plano dos golpistas de Bolsonaro sobre 8 de janeiro: ele poderia ser preso e enforcado.
É o que aponta a Polícia Federal (PF) sobre as investigações do ato golpista, que revela um dos três destinos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também ocupa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O jornal O Tempo destaca um dos trechos da entrevista ao jornal O Globo, que o ministro revelou.
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Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE