Matador de Marielle dedura delegado que planejou execução

Rivaldo Barbosa planejou detalhadamente a morte da vereadora e garantiu que nenhum dos executores seriam pegos pelo crime

Ferreira Gabriel

Publicado em: 24/03/2024 às 11:45 | Atualizado em: 24/03/2024 às 11:45

A delação de Ronnie Lessa, assassino da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, foi considerada crucial para chegar aos mandantes presos em operação da Polícia Federal neste domingo (24).

Conforme apuração do Correio Braziliense, Lessa disse aos policiais que o ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, planejou detalhadamente a morte da vereadora e garantiu que nenhum dos executores seriam pegos pelo crime.

A operação foi coordenada pela PF, com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com o Ministério Público do Rio. Os mandados de prisão e busca e apreensão na capital carioca foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Motivações

A motivação, segundo os investigadores, pode estar atrelado ao embate da ex-parlamentar com a milícia coordenada pelo clã Brazão, alvos da operação deste domingo.

Além de Rivaldo, foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). Os três suspeitos serão interrogados ainda neste domingo (24/3), na superintendência da PF, no Rio de Janeiro.

O clã Brazão coordena Jacarepaguá, zona oeste carioca, região dominada por grupos paramilitares. Domingos Frazão já chegou a ser citado na CPI das Milícias, em 2008.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil