Fora do game? Pablo Marçal fica inelegível até 2032

Em ação movida pelo PSB, Marçal foi condenado por abuso de poder econômico. A decisão barra sua participação nas eleições de 2026.

Diamantino Junior

Publicado em: 21/02/2025 às 18:45 | Atualizado em: 21/02/2025 às 18:48

A condenação de Pablo Marçal (PRTB) por abuso de poder político e econômico, proferida pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, nesta sexta-feira (21/2), levanta questionamentos sobre seu impacto no cenário político de 2026. A decisão torna Marçal inelegível por oito anos, até 2032, o que o impede de disputar qualquer cargo eletivo nesse período.

Marçal foi acusado de vender apoio político durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. Segundo a denúncia do PSB, ele teria prometido gravar vídeos de apoio a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5 mil, feitas via pix.

O PSB, partido da deputada federal Tabata Amaral, adversária na disputa pela prefeitura, foi o responsável por mover a ação.

Marçal contesta a condenação e afirma que não há provas concretas contra ele, já sinalizando que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O desdobramento do caso será decisivo para sua permanência na política e, principalmente, para suas pretensões em 2026.

Marçal emergiu nos últimos anos como um nome influente, com base forte entre conservadores e um discurso voltado à gestão e ao empreendedorismo.

Sua inelegibilidade pode ser vista como um obstáculo significativo para um possível projeto eleitoral em 2026, quando ele poderia concorrer a cargos de maior expressão, como governo de São Paulo ou mesmo a Presidência da República.

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Ainda que a decisão tenha embasamento jurídico, é impossível não avaliar o impacto direto da inelegibilidade de Marçal no jogo político.

O próximo capítulo dessa disputa será fundamental para definir o rumo de sua carreira e o equilíbrio das forças na política nacional.

Foto: Antonio Milena/fotospúblicas