Mandel processa Instagram por censurar vídeo da exploração de crianças
Outros políticos também relataram punições por discutir o tema

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 14/08/2025 às 11:00 | Atualizado em: 14/08/2025 às 11:16
O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) acionou a Justiça contra a empresa Meta, responsável pelo Instagram e Facebook, após ter seu perfil restringido na rede social.
Segundo ele, a medida foi tomada depois da divulgação de um vídeo, no domingo (9 de agosto), em que apresentava um projeto de lei para combater a sexualização infantil e juvenil com uso de inteligência artificial.
Entre as penalidades impostas, o parlamentar ficou proibido de realizar transmissões ao vivo por um ano, criar anúncios e enviar ou responder mensagens privadas.
A defesa afirma que, mesmo sendo assinante verificado, ele não recebeu retorno da plataforma sobre sua reclamação. O Instagram justificou a punição alegando “exposição de imagens de crianças”, mas Mandel sustenta que apenas criticava a exploração infantil.
“A plataforma puniu quem denuncia, mas mantém no ar o que realmente deveria combater. É urgente melhorarmos essas ferramentas de monitoramento”.
O projeto, apresentado antes das denúncias amplamente divulgadas pelo influenciador Felca, prevê que redes sociais no Brasil implementem sistemas automáticos para bloquear conteúdos relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes usando inteligência artificial.
Casos semelhantes já foram denunciados por outros políticos. A ex-deputada federal Manuela D’Ávila, por exemplo, afirmou no X (antigo Twitter) ter recebido “diversas punições” no Instagram por abordar a adultização de crianças, relacionando o tema à atuação da extrema direita no país.
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Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados