Malafaia enquadra bolsonaristas que pedem impeachment de Lula

Pastor rejeita a defesa do impeachment de Lula, afirmando que a estratégia favoreceria Alckmin.

Diamantino Junior

Publicado em: 17/02/2025 às 12:55 | Atualizado em: 17/02/2025 às 12:58

O pastor Silas Malafaia, um dos principais organizadores de manifestações pró-Bolsonaro, criticou aliados do ex-presidente que querem incluir o impeachment de Lula entre as pautas do ato de 16 de março. Segundo ele, essa estratégia seria um erro político e beneficiaria o vice-presidente Geraldo Alckmin, mantendo o grupo no poder.

Malafaia argumentou que a prioridade deve ser a eleição de 2026, defendendo que Lula e Alckmin “têm que ser derrotados nas urnas” e não removidos do cargo.

Ele também rechaçou a ideia de que o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 ajudou Bolsonaro a se eleger, afirmando que o desgaste do PT foi o fator determinante para a vitória do ex-presidente em 2018.

O pastor direcionou suas críticas especialmente ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem usado as redes sociais para defender o impeachment de Lula como principal pauta do ato.

Para Malafaia, essa postura desmoraliza Bolsonaro e demonstra falta de estratégia política.

Ele afirmou que os aliados do ex-presidente deveriam consultá-lo antes de levantar pautas que podem comprometer o movimento.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro confirmou sua presença na manifestação do Rio de Janeiro, destacando que seu principal objetivo será apoiar o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.

O ex-presidente descartou o foco no impeachment de Lula e enfatizou a necessidade de uma mobilização estratégica em defesa dos seus apoiadores.

Leia mais

Policiais usavam carro da igreja na segurança de Malafaia

A manifestação de 16 de março será um importante termômetro para medir a força do bolsonarismo após as eleições de 2022 e pode influenciar os rumos da direita no Brasil nos próximos anos.

Leia mais no Metrópoles

Foto: Isac Nóbrega/PR