Madeira da Amazônia: Salles vira réu em suspeita de organização criminosa
Ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro comandaria "esquema de facilitação ao contrabando" a empresas exportadoras de madeira para Europa e EUA

Mariane Veiga
Publicado em: 28/08/2023 às 23:33 | Atualizado em: 28/08/2023 às 23:34
Após virar réu em ação penal decorrente da Operação Akuanduba, o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro (PL) e deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) acusou o Ministério Público Federal (MPF) de se antecipar à conclusão do relatório final da investigação da Polícia Federal.
De acordo com Salles, ele seria isento das acusações de crimes de organização criminosa para facilitar contrabando de madeira via exportação ilegal, bem como de advocacia administrativa e por dificultar fiscalização ambiental.
A denúncia foi aceita nesta segunda-feira (28), pela Justiça Federal de Belém. As informações são do Diário do Poder.
Conforme o Diário, Salles tem certeza de que a denúncia não passa de uma falácia a ser demonstrada pela seriedade e imparcialidade do Judiciário.
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Ele acusa procuradores do MPF de contrariar conclusões do delegado do caso, Alexandre Almeida Ferreira, cujo relatório parcial da PF reconhecia muitas questões que o deputado afirma serem capazes de o isentar de quaisquer crimes.
Assim como inocentaria os coronéis da Polícia Militar de São Paulo que também denunciados por auxiliá-lo no Ministério.
“O MPF não esperou sequer o relatório final da PF, que ouviu testemunhas, coletou provas, etc. Ainda ignorou o conteúdo do relatório parcial, e ainda fez uma denúncia vazia, cheia de suposições e interpretações”, reagiu Salles.
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Foto: BNC Amazonas