Lula fez bem ao vetar atos sobre golpe de 64, diz pesquisa Datafolha
Lula mandou o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, cancelar o ato que relembraria o aniversário do golpe no Museu da República, em Brasília
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 31/03/2024 às 11:39 | Atualizado em: 31/03/2024 às 11:39
Conforme pesquisa Datafolha, 59% dos brasileiros consideram que o presidente Lula da Silva (PT) “agiu bem” ao vetar atos sobre o golpe de 1964.
É que o presidente proibiu, por exemplo, ministros de realizarem atos de lembrança ao golpe cívico-milita, que completa hoje (31) 60 anos.
De acordo com informação do Poder360, 33% acham que o petista “agiu mal”. Outros 8% disseram não saber. O começo da ditadura brasileira aconteceu, portanto, no dia 31 de março.
Dessa forma, no começo de março, Lula mandou o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, cancelar o ato que relembraria o aniversário do golpe no Museu da República, em Brasília, nesta data.
Segundo a publicação, com a ordem, o petista busca evitar novos embates com os militares, que já estão com a imagem desgastada diante de operação da Polícia Federal (PF).
Sobretudo, a PF investiga um suposto plano golpista arquitetado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por integrantes das Forças Armadas.
Então, a pesquisa do Datafolha entrevistou 2.002 brasileiros, de 19 a 20 de março, em 147 cidades. A margem de erro é de 2 p.p (pontos percentuais).
De acordo com a pesquisa divulgada no sábado (30), entre os 41% que se consideram muito ou algo petistas, 77% acreditam que Lula agiu bem ao vetar os eventos. Já 19% acham que o presidente agiu mal.
Eleitorado
Como resultado, o Datafolha cita que o resultado se destaca em um eleitorado ligado à esquerda que, normalmente, apoia e participa de eventos que rememoram e criticam a impunidade dos crimes do regime militar.
Por outro lado, os eleitores de Bolsonaro, cerca de metade (49%) acreditam que o petista agiu mal, contra 42% dos entrevistados que consideram a tomada de decisão boa.
Assim sendo, a pesquisa credita as taxas à possibilidade de os entrevistados terem considerado que os atos proibidos pelo presidente serviriam para elogiar a ditadura.
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Foto: reprodução/Arquivo Nacional