Insatisfeito com equipe, Lula estuda mudanças nos ministérios

Lula estuda reforma ministerial devido a descontentamento com desempenho da equipe, buscando melhorias na comunicação e eficácia governamental.

Diamantino Junior

Publicado em: 06/04/2024 às 10:17 | Atualizado em: 06/04/2024 às 10:17

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), está considerando uma reforma ministerial devido à sua insatisfação com a equipe de ministros de Estado.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Lula expressou essa insatisfação a vários interlocutores, embora acredite que sua administração esteja indo bem.

Ele percebe que certas áreas do governo estão desorganizadas e não conseguem comunicar efetivamente suas realizações à população, nem gerar eventos para aumentar sua visibilidade.

Inicialmente resistente a fazer mudanças significativas em seus ministérios, Lula agora reconhece a necessidade dessas alterações.

As reformas ministeriais podem abranger três áreas principais: Palácio do Planalto (onde ministros têm reuniões diárias com o presidente), social e econômica.

De acordo com Bergamo, já estão sendo discutidos alguns possíveis ajustes.

O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social e com grande prestígio junto a Lula, poderia ser transferido para a Secretaria-Geral, responsável pela interlocução com movimentos sociais, entre outras funções.

Ainda não está definido para onde seria transferido o atual ocupante dessa pasta, Márcio Macêdo. Como substitutos de Pimenta, estão sendo considerados nomes como o deputado federal Rui Falcão e o prefeito de Araraquara, Edinho Silva.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, seria realocado para a saúde, ocupando o lugar de Nísia Trindade Lima.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, retornaria ao Senado, e a ex-ministra Tereza Campello assumiria seu cargo. Na área econômica, a atenção continua centrada no ministro Fernando Haddad.

A intenção do presidente é promover uma maior uniformidade, movimentando figuras de outros ministérios ou bancos públicos relacionados ao tema.

As possibilidades estão sendo discutidas abertamente entre os assessores do presidente, membros do PT e parlamentares da base governista.

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil