Lula pede fim do ‘genocídio’ de Israel em Gaza após nova ‘carnificina’
Presidente pede ação imediata para encerrar o que descreve como "genocídio" na Faixa de Gaza.

Diamantino Junior
Publicado em: 01/03/2024 às 15:17 | Atualizado em: 01/03/2024 às 15:18
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demandou, nesta sexta-feira (1º/3), uma ação imediata para encerrar o que descreveu como um “genocídio” na Faixa de Gaza.
Durante seu discurso na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada em Kingstown, em São Vicente e Granadinas, Lula destacou a urgência de pôr fim à “carnificina” imposta pelo estado de Israel ao povo palestino.
Em sua intervenção, Lula instou os países membros da Celac a unirem-se contra a “punição coletiva” imposta pelo governo israelense e propôs uma moção pelo “fim imediato” do genocídio na região.
Ele aproveitou a presença do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, para fazer o apelo, enfatizando a necessidade de respeitar a dignidade e a humanidade diante da situação crítica em Gaza.
Além disso, Lula propôs a invocação do artigo 99 da Carta da ONU, que permite ao secretário-geral da organização chamar a atenção do Conselho de Segurança para questões que possam ameaçar a paz internacional.
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Ele também instou o Japão, próximo país a assumir a presidência do Conselho de Segurança, a incluir o tema em sua agenda.
O ex-presidente do Brasil também fez um apelo aos membros permanentes do Conselho de Segurança, destacando a importância de superar diferenças e unir esforços para interromper o conflito em Gaza. Essa solicitação é relevante, já que os membros permanentes têm poder de veto sobre resoluções do Conselho.
Por fim, Lula criticou as ações recentes do governo Netanyahu em Gaza, descrevendo as operações militares como “intoleráveis” e instando a comunidade internacional a intervir para evitar mais atrocidades.
O comunicado do Itamaraty divulgado anteriormente também expressou repúdio à crise humanitária na região e à violência indiscriminada contra civis palestinos.
Lula enfatizou a necessidade urgente de uma resposta internacional coordenada para evitar mais sofrimento e mortes na região, que enfrenta uma escalada de violência e tensões crescentes.
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Foto: Ricardo Stuckert/PR