Justiça derruba punição a deputados do PSL e Joice pode perder liderança

Publicado em: 11/12/2019 às 20:40 | Atualizado em: 11/12/2019 às 20:40
A Justiça de Brasília suspendeu as punições dos 18 parlamentares do PSL, nesta quarta-feira (11). O partido recorreu, mas até a conclusão desta reportagem não houve nova deliberação sobre o caso. As informações são da Folha.
Para a Folha, a briga interna do PSL que se arrasta desde outubro ganha reviravoltas (na foto, Eduardo Bolsonaro e Joice nos tempos de convergência).
Com Eduardo Bolsonaro (SP) suspenso desde a noite de terça-feira (10) por decisão do diretório nacional do partido, a manhã começou com Joice Hasselmann (SP) eleita nova líder na bancada na Câmara.
No meio da tarde, porém, uma decisão da Justiça de Brasília suspendeu as punições dos parlamentares.
Com isso, segundo a Folha, Joice chegou ao final do dia oficialmente líder da legenda que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido) em 2018, mas sua permanência no posto é incerta.
Para entender os últimos capítulos da briga, sugere a Folha, é preciso recapitular. Em 3 de dezembro, o diretório nacional do PSL confirmou que 14 deputados seriam suspensos de suas funções partidárias.
Isso inclui a possibilidade de ocupar a posição de líder de bancada —cargo que tem, por exemplo, a função de orientar os deputados na votação no plenário, escolher parlamentares para preencher comissões ou defender o partido em falas mais longas no plenário— e de votar para a escolha desse líder.
A punição ainda não havia sido notificada à Câmara.
Dia da punição
O aviso chegou nessa terça (10) e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou despacho efetivando o afastamento de Eduardo e dos deputados Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG), Daniel Silveira (RJ) Bia Kicis (DF), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), Carlos Jordy (RJ), Vitor Hugo (GO), Filipe Barros (PR), General Girão (RN), Sanderson (RS), Cabo Junio Amaral (MG), Carla Zambelli (SP) e Marcio Labre (RJ).
A etapa cumprida por Maia é apenas regimental, já que o presidente da Câmara não pode se imiscuir em questões partidárias.
Foto: Reprodução/Polêmica Paraíba