Júri popular condena matadores de Marielle: Lessa a 78 e Queiroz a 59 anos
Após mais de seis anos do crime, condenação dos assassinos de Marielle Franco traz desfecho judicial.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 31/10/2024 às 18:34 | Atualizado em: 31/10/2024 às 18:39
Em meio a uma longa trajetória em busca de justiça, o caso envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes chega ao seu desfecho com o veredito do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
O crime, que mobilizou opiniões e gerou comoção tanto no Brasil quanto no exterior, resultou na condenação dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, declarados culpados, na última quarta-feira (30), pela execução do atentado.
Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos, recebeu uma sentença de 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio Queiroz, motorista do carro usado no crime, foi condenado a 59 anos e 8 meses. No entanto, ambos firmaram acordos de delação premiada, o que garantiu redução nas penas originalmente estipuladas.
Entre as acusações que recaem sobre eles estão duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora que sobreviveu ao ataque, e a receptação de um veículo clonado.
Com os benefícios das delações, Lessa deverá cumprir até 18 anos em regime fechado e dois em semiaberto, enquanto Queiroz cumprirá um máximo de 12 anos. Esses prazos consideram o tempo de prisão iniciado em 2019.
Esses acordos de colaboração podem ser anulados com a comprovação de falsidade nas delações, cancelando os benefícios. Além disso, ambos foram transferidos para penitenciárias estaduais, e bens foram desbloqueados, incluindo a residência de Lessa na Zona Oeste do Rio.
Essa decisão judicial encerra um longo e complexo capítulo de busca por justiça em um dos casos mais simbólicos da história recente do país.
A matéria é do G1. Leia na íntegra.
Foto: reprodução / PMERJ