Junho chega com a conta de luz mais cara e acende alerta ao consumidor
Veja alternativas para reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas da família não disparem

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 31/05/2025 às 08:45 | Atualizado em: 31/05/2025 às 08:45
No mês de junho, as contas de luz ficarão mais altas com a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. Com isso, acende o alerta aos consumidores.
É que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira tarifária vermelha, no patamar 1, para as contas de energia elétrica.
A justificativa é a queda no volume de chuvas e da diminuição da geração de energia por hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De acordo com a Aneel, o cenário justifica a mudança na bandeira — que estava amarela em maio — e serve também como alerta para o uso consciente da energia elétrica. Como informa o g1.
Dessa forma, para não pesar no bolso, o g1 aponta alternativas para reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas da família não disparem.
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Chuveiro é o maior vilão da conta de luz
O chuveiro elétrico é o equipamento que mais consome energia e, consequentemente, também é o que mais pesa na conta de luz do consumidor. Por isso, um uso inteligente durante os banhos pode ser a chave para uma redução significativa dos gastos com energia.
O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, explica que o tempo de calorão traz uma “grande oportunidade de economia”, porque os chuveiros podem ser colocados numa temperatura menor — o que gasta menos energia.
“Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima”, diz o especialista.
Além disso, Batista destaca ainda que é importante manter o mesmo tempo de uso do equipamento, ou até reduzir. “Não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho”.
Ao mesmo tempo, a Cemig também aconselha que, se possível, o consumidor evite usar o chuveiro entre 17h e 22h, horários de pico.
Além destas, outra dica mais drástica já bem conhecida: fechar o chuveiro para ensaboar o corpo ou os cabelos.
Geladeira também consome bastante
Segundo a Cemig, a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia dentro de casa, por conta de seu tempo de uso e o “abre e fecha”. Isso porque a entrada de ar quente na geladeira faz com o que o equipamento precise trabalhar mais para refrigerar os alimentos, consumindo mais.
No mesmo sentido, o engenheiro destaca que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, porque isso faz com que o motor do tenha que funcionar por mais tempo, aumentando os gastos.
Utilizar a parte de trás das geladeiras, que são mais quentes, como forma de secar roupa, também é contraindicado porque eleva o consumo.
Por fim, Thiago Batista também orienta que o consumidor tenha atenção ao estado da borracha de vedação do equipamento, porque se as portas não se fecharem totalmente, o consumo será maior.
“Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira”, diz Batista.
Ar-condicionado ou ventilador?
O ventilador sempre é a opção mais barata para lidar com as altas temperaturas. Além do aparelho ser mais barato, o consumo de energia também é menor que o de um ar-condicionado.
Ainda assim, o engenheiro da Cemig afirma que é importante ter atenção ao tempo de uso do equipamento, evitando deixá-lo ligado se a pessoa deixar o ambiente ou quando as temperaturas já estiverem agradáveis.
“O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos, em watts (W), e tempo de utilização, em horas. Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia”, explica Batista.
Ainda em relação ao uso do ventilador, o indicado é manter os ambientes abertos e ventilados durante sua utilização, para reduzir a necessidade de manter o equipamento em uma alta frequência.
O ar-condicionado é também um aparelho com alto consumo de energia. Por exemplo, a cada 1ºC mais baixo, existe um gasto cerca de 10% mais elevado do consumo de energia, explica Thiago Godoy, especialista em educação financeira e fundador da Papai Financeiro.
Para quem pensa em comprar um ar-condicionado, o educador comenta que é necessário levar em conta exatamente quais são as necessidades do espaço, para não comprar um que utilize mais energia que o necessário.
Devem entrar na conta:
- – O tamanho do ambiente a ser climatizado;
- – A eficiência energética do aparelho;
- – As características do clima local.
Assim sendo, em caso de dúvidas sobre qual o equipamento é o mais apropriado para o espaço, vale falar com profissionais para tomar uma decisão mais acertada.
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Foto: arquivo/BNC