Juiz do TSE espionava Moraes a mando de Bolsonaro, diz Cid
O delator declarou que o “último monitoramento” do ministro do Supremo, na época das festas e fim de ano de 2022, “foi o próprio presidente que pediu”.
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 20/02/2025 às 16:03 | Atualizado em: 20/02/2025 às 16:03
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou que um “juiz do TSE” ajudava o gabinete de Jair Bolsonaro a espionar o ministro Alexandre de Moraes, do STF – quando era presidente do TSE.
Conforme a coluna Radar, da Veja, o depoimento foi ano passado ao próprio Moraes. O ministro comandou uma audiência em 21 de novembro de 2024 com Cid e seus advogados para alertá-lo sobre “uma série de mentiras” em sua delação premiada e permitir que ele desse as “informações verdadeiras”, sob pena de perder o acordo.
Porém, Cid disse não saber o nome do “juiz” nem sua função na Corte Eleitoral, acrescentando que era um contato do coronel Marcelo Câmara. Este era auxiliar de Bolsonaro responsável pelas ações de monitoramento do monitoramento do ministro do STF.
“Inclusive, era ele que auxiliava as Forças Armadas a redigir os documentos que o general Paulo Sérgio encaminhava para o senhor”, afirmou Cid a Moraes. “Na parte do TSE, na parte de urnas, aquele aquele negócio todo, quem passava as informações era ele.”
Além disso, o delator também declarou que o “último monitoramento” do ministro do Supremo, na época das festas e fim de ano de 2022, “foi o próprio presidente que pediu”.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil