Imagens inéditas de joias de Bolsonaro vendidas nos EUA estão com PF

A investigação contou com o apoio do FBI e mobilizou os agentes durante 16 dias em solo norte-americano.

Diamantino Junior

Publicado em: 16/05/2024 às 14:13 | Atualizado em: 16/05/2024 às 14:13

Polícia Federal (PF) revela novos detalhes sobre a venda ilegal das joias do “kit ouro branco” atribuído a Bolsonaro. Após uma investigação meticulosa, a PF obteve imagens inéditas e entrevistas que lançam luz sobre a venda e recompra ilegais das joias que compunham o polêmico “kit ouro branco”, supostamente apropriado de maneira irregular por Jair Bolsonaro durante seu mandato como chefe de Estado.

As imagens, documentos e entrevistas obtidos pela PF apontam não apenas para a confirmação dos detalhes da operação clandestina, mas também sugerem a participação de uma nova pessoa no esquema.

O conjunto de joias, recebido por Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019, incluía um anel, uma caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (“masbaha”), todas adornadas com diamantes. O pacote também continha um relógio Rolex, vendido separadamente em uma loja na Pensilvânia. O valor total do conjunto foi estimado em pelo menos R$ 500 mil.

A PF confirmou que essas preciosidades foram vendidas para a loja “Goldie’s”, situada no complexo Seybold Jewelry Building, em Miami, Flórida, um centro conhecido pela venda de joias de luxo. Investigadores obtiveram imagens das joias expostas na loja antes de sua recompra, incluindo anúncios para a revenda dos itens.

Segundo o relatório policial, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi identificado como responsável pela venda e subsequente recompra dessas joias.

Os dados foram levantados pelos policiais federais durante diligências nos Estados Unidos como parte do inquérito que investiga a apropriação e venda ilegais das joias pertencentes ao acervo presidencial.

Leia mais na coluna de Bela Megale, no O Globo

Foto: Alan Santos/PR