Investigação da PF contra assessor de Arthur Lira chega ao STF

Inquérito atinge aliados do presidente da Câmara

Mariane Veiga

Publicado em: 26/06/2023 às 20:14 | Atualizado em: 26/06/2023 às 20:58

A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação sobre fraudes e desvios de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O inquérito atinge aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que não foi alvo da primeira fase da investigação.

O trabalho da PF teve início sob a supervisão da 2ª Vara Federal de Alagoas. Com a remessa, o Supremo deve decidir de quem é a competência para conduzir e eventualmente julgar o caso.

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Operação

Os autos foram encaminhados ao Supremo após a análise das primeiras provas apreendidas na primeira fase ostensiva da investigação, a Operação Hefesto, batizada em referência ao deus grego da tecnologia e da metalurgia.

A PF fez buscas em 27 endereços ligados aos investigados. Um deles é o assessor Luciano Cavalcante, auxiliar de Arthur Lira que estava lotado na liderança do PP da Câmara e foi exonerado após a operação.

Os policiais encontraram anotações manuscritas de uma série de pagamentos a “Arthur”. Os registros somam cerca de R$ 265 mil, como revelou a revista Piauí.

Conforme a PF, houve direcionamento e superfaturamento de contratos para a compra de equipamentos de robótica para escolas públicas, custeados com recursos do FNDE, que é repassado pelo governo federal. As fraudes teriam ocorrido entre 2019 e 2022.

O Tribunal de Contas da União (TCU) já havia aberto um procedimento para investigar a compra dos kits de robótica.

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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados