Investigação da CGU reforça culpa da era Bolsonaro na fraude no INSS
Maior parte das fraudes foi cometida por associações e sindicatos que firmaram acordos com o INSS entre 2021 e 2022, durante o governo Bolsonaro

Ednilson Maciel
Publicado em: 20/05/2025 às 10:53 | Atualizado em: 20/05/2025 às 10:53
As investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganharam novos contornos e podem reforçar a estratégia do Palácio do Planalto de atribuir à gestão anterior, de Bolsonaro, a maior responsabilidade pelo escândalo.
Dados preliminares, obtidos a partir de mais de 1,5 milhão de pedidos de reembolso por descontos indevidos em benefícios, indicam que a maior parte das fraudes foi cometida por associações e sindicatos que firmaram acordos com o INSS entre 2021 e 2022 — durante o governo Bolsonaro.
A principal envolvida é a Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (Ambec), que em 2020 tinha apenas três filiados.
Dois anos depois, passou a registrar descontos irregulares que somaram R$ 25 milhões. Em 2024, esse valor saltou para R$ 231 milhões, segundo a CGU.
O governo Lula deve usar os dados para responsabilizar os ex-ministros da Previdência Onyx Lorenzoni e José Carlos Oliveira, que comandaram a pasta no período em que os convênios foram firmados. As revelações surgem após a deflagração da operação Sem Desconto.
Leia na íntegra na coluna de Lauro Jardim no O Globo.
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Foto: Leonardo Pains – Ascom/CGU