Grupo da Polícia Federal estava pronto para atuar no golpe de Bolsonaro

Mensagens mostram que agentes da ativa planejavam impedir posse de Lula em ação armada e coordenada com militares e a Abin.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 15/05/2025 às 16:27 | Atualizado em: 15/05/2025 às 16:36

Na véspera da posse de Lula, um grupo de agentes da Polícia Federal (PF) trocava mensagens com códigos e jargões de prontidão para um golpe. De acordo com as investigações, o plano era ocupar o Palácio do Planalto e impedir a transmissão do poder, caso Bolsonaro se recusasse a entregar a faixa presidencial para Lula.

Segundo o agente Wladimir Matos Soares, que confessou integrar uma “equipe de operações especiais”: “Só esperávamos a canetada do presidente [à época, Bolsonaro]”.

As mensagens, analisadas pela Polícia Federal e enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), fazem parte da Petição 13236 e revelam o envolvimento de policiais da ativa num plano armado para frustrar a posse de Lula.

No dia 29 de dezembro de 2022, Wladimir enviou a vários contatos a frase “Não vai ter jogo”, usada como código para indicar que a ação estava próxima.

Pouco depois, no mesmo dia, mensagens demonstraram frustração com a recusa das Forças Armadas em aderir ao plano.

Segundo seu relato, Wladimir foi convidado por dois colegas, Ramalho e Marcelo, a integrar a equipe que atuaria dentro do Planalto. Ele ainda mencionou o envolvimento de Felipe Arlotta Freitas e a influência de Alexandre Ramagem, então diretor da Abin.

Em grupos de WhatsApp, mensagens como “Precisamos agir” e “a cúpula está reunida” mostravam a expectativa por uma decisão de cima.

Além da disposição para agir, havia planos operacionais, divisão de tarefas e intenção de prender Alexandre de Moraes e substituir a chefia da própria PF.

De acordo com Wladimir, “a tropa toda queria”, mas a ordem só não veio por falta de apoio dos generais.

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Foto: divulgação