Greve de professor: Lula chama reitores para resolver impasse salarial
Lula reúne reitores para tratar da greve nas universidades federais. Impasse sobre reajuste salarial continua após nova reunião.

Diamantino Junior
Publicado em: 04/06/2024 às 13:09 | Atualizado em: 04/06/2024 às 13:10
O presidente Lula (PT) convocou para quinta-feira (6/6), uma reunião no Palácio do Planalto com os reitores das universidades federais. A informação foi divulgada por Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo. O objetivo do encontro é abordar a greve dos professores e dos técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior, que teve início no dia 15 de abril.
A paralisação dos servidores é um reflexo das insatisfações com a falta de acordo sobre o reajuste salarial. Nesta segunda-feira, dia 3 de junho, o governo federal realizou mais uma reunião com as entidades sindicais que representam os professores das universidades federais, na tentativa de chegar a um consenso.
No entanto, o impasse permanece. Os servidores propuseram um reajuste salarial escalonado: 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.
Contudo, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) alegou não ter espaço no orçamento para conceder aumento ainda neste ano e ofereceu uma proposta alternativa de dois reajustes: 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
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As entidades sindicais rejeitaram a proposta do governo, que permanece inalterada, e destacaram que não atendia às necessidades da categoria.
Conforme reportado pelo Brasil de Fato, os dirigentes sindicais organizaram uma vigília temporária no MGI, onde permaneceram concentrados nas últimas horas, pressionando por uma reunião com a chefe da pasta, Esther Dweck.
O impasse levou ao agendamento de novos encontros para os dias 11 e 14 deste mês. No dia 11, o governo se reunirá com representantes dos servidores técnico-administrativos, e no dia 14 será a vez dos professores.
Além do reajuste salarial, a pauta de reivindicações dos servidores inclui a recomposição salarial e orçamentária das instituições federais de ensino, a reestruturação da carreira e a revogação de normas implementadas durante os governos de Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2023) que afetaram o setor educacional.
A greve, que já dura desde meados de abril, reflete um cenário de tensão e incerteza no ambiente acadêmico, enquanto as negociações seguem em curso com a esperança de um acordo que atenda aos anseios das categorias envolvidas.
A reunião convocada por Lula é vista como um passo importante na busca por uma solução para a greve, mostrando a disposição do governo em dialogar diretamente com os representantes das universidades federais.
Resta aguardar os desdobramentos deste encontro e dos futuros agendamentos para verificar se haverá um avanço significativo nas negociações.
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Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República