Governador vê ‘atuação profissional’ da PM-SP na chacina de mais de 10

Homicídios estão sendo investigados pelas ouvidorias das polícias

Ferreira Gabriel

Publicado em: 01/08/2023 às 09:28 | Atualizado em: 01/08/2023 às 09:28

A ação policial ocorrida no Guarujá, no litoral paulista, que resultou em chacina com mais nove mortes por intervenção policial, está sendo investigada pela Ouvidoria das Polícias de São Paulo.

A operação ocorreu entre domingo (30) e segunda-feira (31).

Essas mortes se somam às outras dez que já estavam sendo apuradas desde o início da operação policial na última sexta-feira (28), segundo informa o jornalista Tulio Kruse, da Folha de S. Paulo.

Com isso, o total de vítimas pode chegar a 19, incluindo as oito mortes anunciadas pelo governador Tarcísio de Freitas na manhã de segunda-feira.

O governador defendeu a ação dos policiais e negou que houve excessos por parte dos agentes, mesmo com denúncias de abusos policiais e execuções sumárias feitas por moradores e familiares das vítimas. O secretário de Segurança Pública do estado também elogiou o trabalho dos policiais e rejeitou os relatos de abusos, considerando-os apenas “narrativas”.

Entidades de direitos humanos, como a ouvidoria e o Condepe, buscaram boletins de ocorrência na Delegacia de Guarujá para confirmar as mortes e obter informações da polícia. Porém, testemunhas que estavam em contato com os órgãos cessaram suas respostas, temendo possíveis represálias por parte dos policiais.

A operação, denominada “Escudo”, foi lançada após a morte do soldado Patrick Reis, da Rota, e tem gerado preocupação e medo entre os moradores da região, que relatam terem sido ameaçados e coagidos durante as incursões policiais em algumas comunidades.

O Ministério Público de São Paulo também anunciou que investigará a operação das forças de segurança em Guarujá, com base em informações de um boletim de ocorrência que registrou sete mortes em um intervalo de 42 horas durante a operação policial.

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Foto: Divulgação/SSP