Governador de Alagoas entra na mira de cassação a pedido do MP

A cassação se estende ao vice, o ex-deputado federal Ronaldo Lessa (PDT)

Ferreira Gabriel

Publicado em: 04/04/2024 às 10:38 | Atualizado em: 04/04/2024 às 10:40

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação e a inelegibilidade do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), por abuso de poder político e econômico.

A peça, protocolada na segunda-feira (1º), foi assinada pelo procurador Antônio Henrique de Amorim Cadete. A cassação se estende ao vice de Dantas, o ex-deputado federal Ronaldo Lessa (PDT). O texto ainda vai ser incluído em pauta para julgamento.

A ação foi levada a juízo pela coligação Alagoas Merece Mais, grupo político encabeçado pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). O argumento é de que o programa assistencial Pacto contra a Fome, lançado em junho de 2022, foi criado por Dantas, à época candidato à reeleição, com fins eleitoreiros. A medida distribuiu cestas básicas para pessoas em vulnerabilidade social no Estado.

Segundo a acusação, além do governador e do seu vice, o ministro de Transportes, Renan Filho (MDB), também teria se beneficiado politicamente do programa como meio de promoção de suas candidaturas. Dois meses antes do lançamento do plano, o filho do senador Renan Calheiros (MDB) havia deixado o governo do Estado para se candidatar ao Senado.

Entretanto, a acusação contra o ministro dos Transportes não foi acatada. Renan Filho foi retirado do processo por não ocupar nenhum cargo público na época em que o programa foi lançado.

A coligação Alagoas Merece Mais é composta por aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O congressista, por sua vez, é rival de longa data de Calheiros e de seu grupo político, do qual faz parte o governador Paulo Dantas.

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil