Golpe de Bolsonaro: além de Braga Netto e Heleno, outro general aparece

Ministro do gabinete de Bolsonaro teve contato com o plano de execução de Lula, Alckmin e Moraes

Mariane Veiga

Publicado em: 20/11/2024 às 20:08 | Atualizado em: 21/11/2024 às 10:45

Além dos generais Braga Netto e Augusto Heleno, citados recorrentemente como personagens importantes em suposta trama golpista, mais um “ex-ministro-general” do governo Jair Bolsonaro (PL) foi citado em decisão de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as investigações; o general Luiz Eduardo Ramos.

Dessa forma, a tentativa de golpe de Estado seria para evitar a posse de Lula da Silva (PT) em 2022.

Na decisão em que mandou prender quatro militares do Exército e um policial federal, por planejar matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro do STF, Moraes citou Ramos, ex-ministro da Secretaria de Governo e da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro.

O general, que também chefiou a Casa Civil durante a gestão Bolsonaro, não tinha aparecido com destaque nas decisões anteriores sobre o inquérito do golpe divulgadas por Moraes.

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Na decisão do ministro do STF divulgada na terça-feira (19), o nome de Ramos foi citado pelo menos três vezes.

Ele é mencionado como um dos interlocutores do general Mario Fernandes, um dos militares presos na operação.

Moraes cita o nome de Ramos atribuindo a investigações da Polícia Federal sobre o tema. Em dos trechos, diz que ele recebeu mensagem de áudio de Mário Fernandes, que foi número 2 de Ramos na Secretaria-Geral da Presidência.

O áudio, segundo a PF, foi enviado em 4 de novembro de 2022. Nele, o general preso na terça-feira fala sobre uma “live” nas redes sociais realizada por um influenciador argentino.

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Foto: Anderson Riedel/Presidência da República