Golpe de 1964: Caminhada homenageia vítimas da ditadura

Discussão do passado é necessária, para evitar que os crimes contra a humanidade, contra a democracia voltem a se repetir.

Golpe de 1964: Caminhada homenageia vítimas da ditadura

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 30/03/2024 às 10:23 | Atualizado em: 30/03/2024 às 10:23

Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência de Estado ocorrerá no domingo (31) na zona sul paulistana, por ocasião dos 60 anos golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil

Segundo a Agência Brasil, esta será a quarta edição do evento em São Paulo que se relaciona com as caminhadas que ocorrem em outros países.

Ou seja, países que passaram por regimes autoritários no mesmo período, como a Argentina e o Uruguai.

“Muito inspirado por essas outras caminhadas que a gente passou a fazer aqui no Brasil também, e esse ano a gente não tem só em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro”, disse o coordenador do Instituto Vladmir Herzog, Lucas Barbosa.

Além do instituto, participam da organização do ato o Movimento Vozes do Silêncio, o Núcleo de Preservação da Memória Política e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.

A caminhada sairá do local onde funcionou o Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), na Rua Tutóia, um dos principais locais responsáveis pela tortura e assassinato dos opositores à ditadura.

A concentração será às 16h e deve reunir pelo menos 10 organizações, como a União Nacional dos Estudantes, a Ordem dos Advogados do Brasil – São Paulo, a Comissão Arns e a Anistia Internacional.

Nesse sentido, por volta das 18h, o grupo segue em direção ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera.

Desse modo, na avaliação de Barbosa, a discussão do passado é necessária, para evitar que os crimes contra a humanidade, contra a democracia voltem a se repetir. “Por que aconteceu o 8 de janeiro?”, questiona.

Pela certeza da impunidade. Quando certas figuras das forças armadas, não vou dizer que a totalidade das forças armadas, mas quando certas figuras se permitem, digamos assim, sentar à mesa para discutir um plano golpista de ataque à democracia, é senão a certeza da impunidade, de que nada vai ser feito, de que nada vai acontecer, compara.

Leia mais em Agência Brasil.

Leia mais

Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros quer data do golpe de 1964 desprezada

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil