General fazia fake news de fraude eleitoral preparando golpe de Bolsonaro

Papel de Heleno era criar clima de instabilidade política para justificar intervenção militar.

General fazia fake news de fraude eleitoral preparando golpe de Bolsonaro

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/11/2024 às 05:28 | Atualizado em: 27/11/2024 às 05:28

O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), usou recursos do seu gabinete para fazer fake news de fraude eleitoral.

É o que aponta o relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente e os bolsonaristas. A informação é do g1.

Conforme a publicação, o objetivo seria criar um clima de instabilidade política que justificasse uma intervenção militar no país.

Dessa forma, o relatório aponta que o militar ” atuou de forma destacada no planejamento e execução de medidas para desacreditar o processo eleitoral brasileiro e para subverter o regime democrático”.

Assim, na casa do general, a PF apreendeu documentos que traziam “argumentos relacionados a inconsistências e vulnerabilidades nas urnas eletrônicas, servindo de subsídio para a propagação de informações falsas sobre o sistema de votação, linha de atuação do grupo investigado”.

Além disso, Heleno, segundo o relatório, coordenou ações com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), orientando para que a agência produzisse e disseminasse relatórios e documentos com informações falsas sobre as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Lula (PT).

Sobretudo, na época, o diretor-geral da Abin era Alexandre Ramagem, um dos indiciados pela PF.

Além dos documentos que apontam a disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral, o relatório da PF afirma que havia uma minuta para a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”. Este seria instituído pelo GSI em 16 de dezembro de 2022, um dia após a consumação do golpe de Estado.

Em suma, o general Heleno seria o chefe deste gabinete, tendo o general Braga Netto como coordenador geral e a participação dos indiciados Filipe Martins e general Mario Fernandes.

Leia mais no g1.

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Foto: Lula Marques/Agência Brasil