General do golpe de Bolsonaro admite plano para matar Lula, Moraes e Alckmin

Aliado do ex-presidente, Mário Fernandes é o autor do plano que impedia a posse de Lula

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/07/2025 às 11:57 | Atualizado em: 25/07/2025 às 12:06

Nesta quinta-feira (24 de julho), o general e ex-secretário executivo da Secretaria-Geral de Jair Bolsonaro, Mário Fernandes, admitiu em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi o responsável pelo plano de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O plano conhecido como “Punhal Verde e Amarelo” tinha como objetivo evitar a posse de Lula e assegurar a permanência de Jair Bolsonaro no poder.

Durante o interrogatório, Fernandes alegou que o conteúdo do plano era apenas uma “reflexão pessoal” que ele digitalizou, sem ter sido apresentado ou compartilhado com ninguém.

A Polícia Federal afirmou, entretanto, que o documento foi impresso três vezes no Palácio do Planalto. O general justificou que fez a impressão para evitar “forçar a visão” e que rasgou o papel em seguida. No entanto, registros indicam que ele se dirigiu ao Palácio da Alvorada, onde estavam presentes Bolsonaro e Mauro Cid.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), este plano marcou o início da fase mais violenta da tentativa de golpe articulada por aliados de Bolsonaro.

O depoimento de Fernandes integra a etapa final da investigação. Após os testemunhos, o STF deverá iniciar o julgamento dos réus.

Saiba mais no Congresso em Foco.

Foto: Reprodução/Youtube