Fux tira de julgamento do Supremo demarcação de terras indígenas

Fux, presidente do STF, retirou a ação da agenda de julgamento de quarta-feira, dia 28, e desagradou a entidades de defesa dos índios.

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Publicado em: 30/10/2020 às 17:38 | Atualizado em: 30/10/2020 às 17:49

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, retirou da pauta de julgamento uma ação sobre demarcação de terras indígenas. Fux não explicou seu ato já que o julgamento estava pautado para 28 de outubro de 2020.

O julgamento, de acordo com UOL,  poderia afastar, de uma vez por todas, a chamada tese do “marco temporal”.

O marco propõe que povos indígenas só podem ter terras demarcadas se ocupadas por eles em 1988. Naquele ano, portanto, foi promulgada a Constituição.

Essa é apenas uma dentre muitas ações sobre disputas em terras indígenas que aguarda resolução no STF.

A pesquisa “Agenda dos Direitos Socioambientais no STF”, feita pelo Supremo em Pauta da FGV Direito SP, revela que há 365 ações pendentes de julgamento no tribunal sobre o tema, de 1988 a 2020.  

Apenas na categoria “terras”, que envolve demarcação de territórios indígenas e quilombolas, são 72 processos esperando solução. Ainda nessa categoria estão incluídas comunidades tradicionais e reforma agrária.

As ações revelam invasões massivas a terras indígenas, a estratégia política de comunidades indígenas em ocupações para reaver territórios e uma intensa litigiosidade sobre as fases de demarcação.

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Foto: SCO/STF/divulgação