Fundação Palmares: bolsonarista é afastado de cargo público por 8 anos

A CGU determinou a proibição de Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, de ocupar cargos em comissão por oito anos, após denúncias de assédio moral.

Diamantino Junior

Publicado em: 17/04/2024 às 13:11 | Atualizado em: 17/04/2024 às 13:13

Após uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares durante o governo Bolsonaro, foi proibido de ocupar cargos em comissão pelos próximos oito anos.

A medida foi imposta devido a denúncias de assédio moral contra Camargo. A medida foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17/4).

As investigações da CGU tiveram início após o recebimento de um ofício do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, relatando casos de assédio moral cometidos por Camargo.

As acusações apontavam que o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares tinha comportamento desrespeitoso com funcionários durante reuniões e nas redes sociais, promovendo perseguição política e ideológica.

Após análise, a CGU constatou que Sérgio Camargo tratou diretores e coordenadores subordinados da Fundação de maneira inadequada e demitiu funcionários baseado em suposições sobre sua filiação política.

A investigação concluiu que Camargo foi responsável por perseguição política, discriminação e desrespeito, comprovados por depoimentos e publicações do ex-presidente na rede social X.

Como punição pelas irregularidades, Camargo foi destituído de cargos em comissão e ficará inelegível pelos próximos oito anos, conforme determina a portaria publicada nesta quarta-feira:

“Enquanto durar a inelegibilidade estabelecida pelo art. 1º, inciso I, alínea “o”, da LC nº 64/1990, pelo período de 8 (oito) anos, fica vedada a indicação, nomeação ou posse do indivíduo em cargos em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo federal”.

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Foto: reprodução