Fraude no INSS aponta R$ 2,1 bi com Bolsonaro, R$ 235 milhões com Lula

Esses são valores recebidos por algumas entidades liberadas sob cada governo.

Fraude no INSS aponta R$ 2,1 bi com Bolsonaro, R$ 235 milhões com Lula

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 16/05/2025 às 10:00 | Atualizado em: 16/05/2025 às 10:00

A fraude nos descontos de benefícios do INSS, segundo o cruzamento da operação Sem Descontos, aponta R$ 2,1 bi com o governo de Jair Bolsonaro (PL), R$ 235 milhões com o de Lula da Silva (PT).

Conforme revelou o Metrópoles, a análise dos dados detalha como se deu esse movimento das entidades em busca dos convênios do INSS.

Assim como entidades criadas durante o governo de Jair Bolsonaro fizeram o número dos descontos aumentar exponencialmente já sob o governo Lula.

No entanto, embora seja sob Bolsonaro a assinatura dos convênios das entidades que mais descontaram, foi já na gestão Lula que, efetivamente, os descontos foram feitos. É o que diz o site.

Por exemplo, entre 2019 e 2022, sob Bolsonaro, foram R$ 2,3 bilhões em descontos efetuados. Já de 2023 até 2025, no governo Lula, são R$ 3,8 bilhões.

A coluna Fabiano Serapiao analisou apenas entidades que firmaram convênios nas administrações de Jair Bolsonaro e Lula.

Dessa forma, os números mostram que os governos Lula e Bolsonaro tiveram papéis complementares na “farra do INSS”.

Então, sob ambos os presidentes, houve forte aumento no número de associações agraciadas com acordos que lhes permitiram efetuar descontos sobre aposentados.

Com Bolsonaro e Lula

De acordo com a publicação, nos anos do governo Bolsonaro, ao menos quatro diretores de Benefícios passaram pelo INSS.

Assim, juntos, eles assinaram convênios com 12 entidades que efetuaram descontos no valor total de R$ 2,1 bilhões.

Já sob Lula, três diretores de Benefícios, sendo um deles ainda nomeado por Bolsonaro, assinaram 18 convênios, mas que descontaram bem menos: R$ 235 milhões.

O aumento de entidades com convênios começa na gestão de José Carlos Oliveira na diretoria de Benefícios, ele foi nomeado por Jair Bolsonaro.

Além do cargo, no qual permaneceu entre maio e novembro de 2021, Oliveira foi presidente do INSS e ministro da Previdência durante o governo Bolsonaro (PL).

Ele foi responsável por pelo menos três convênios, todos em 2021, com entidades que arrecadaram R$ 695 milhões.

Por fim, já no governo Lula, quem assumiu a diretoria de Benefícios foi André Fidelis. Ele foi nomeado em fevereiro de 2023 e foi demitido em julho de 2024, após reportagens do Metrópoles.

Fidelis assinou convênio com entidades que efetuaram descontos de R$ 142 milhões.

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Foto: reprodução