Fraudador de R$ 150 milhões da Eletrobrás contrata irmã de ministro do STF

Ela é irmã de Nunes Marques e vai defender cliente na Justiça federal no Amazonas.

Fraudador de R$ 150 milhões da Eletrobrás contrata irmã de ministro do STF

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 30/05/2025 às 15:43 | Atualizado em: 30/05/2025 às 15:43

Bruno Thomé, autor de uma ação judicial que, em fevereiro deste ano, que causou um prejuízo (depois revertido) de quase R$ 150 milhões aos cofres da Eletrobrás, contratou a irmã do ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Trata-se da advogada Karine Nunes Marques. Ela assumirá a defesa de um novo cliente diante da Justiça Federal do Amazonas. É o que informa a coluna Lauro Jardim de O Globo.

Conforme a coluna, o caso Eletrobrás levou ao afastamento de dois magistrados do Amazonas cujas decisões facilitaram a transferência do dinheiro da companhia para Thomé.

Por exemplo, o montante era referente a títulos de crédito emitidos na década de 1970 que, segundo a defesa da Eletrobrás, estavam sendo utilizados numa fraude.

Porém, Thomé, que cobrou e recebeu o valor no Judiciário, nasceu em 1985 e sequer era vivo quando os papéis foram emitidos.

Dessa forma, o cálculo que ele apresentou para ser ressarcido era de R$ 148,8 milhões. A empresa, com outra interpretação, alegava que ele, no máximo, deveria receber R$ 1,1 mil.

Assim, Inicialmente, o TJ do Amazonas chegou a ordernar a transferência da quantia multimilionária. Mas, depois, o STJ reverteu a ação e determinou a devolução dos repasses.

Segundo O Globo, originalmente, Thomé era defendido pelo Benarrós Advocacia, do Amazonas. Quando estava em vias de receber o valor, em fevereiro, outras quatro bancas passaram a representá-lo também.

Por conseguinte, os grupos de advogados debandaram da causa assim que o STJ decidiu pela devolução do dinheiro pago a Thomé.

Assim sendo, dois dias atrás, Karine Nunes Marques foi autorizada por Thomé a representá-lo, ao lado do advogado amazonense Júlio Benarrós Neto. O caso está tramitando no TRF-1.

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