Operação do MP apura suposta fraude em jogo do Flamengo no Brasileiro

Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, em municípios de cinco estados, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)

Diamantino Junior

Publicado em: 28/11/2023 às 17:12 | Atualizado em: 28/11/2023 às 17:12

A 3ª fase da operação Penalidade Máxima, que apura fraudes em resultados de partidas de futebol, investiga uma partida envolvendo um dos grandes clubes de futebol brasileiro: trata-se do Flamengo. Além do rubro-negro, pela série A do Brasileirão, o Goiás é investigado pelo Goianão, e o Náutico pela série B do Brasileirão, entre outros.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) é o responsável pela deflagração da operação, nesta terça-feira (28/11).

Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, em municípios de cinco estados, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).

Confira os jogos investigados por possível fraude:

Avaí x Flamengo, pela Série A do Brasileirão de 2022;

Náutico x Sampaio Corrêa, pela Série B do Brasileirão de 2022;

Náutico x Criciúma, pela Série B do Brasileirão de 2022;

Goiânia x Aparecidense, pelo Goianão de 2023;

Goiás x Goiânia, pelo Goianão de 2023;

Nacional x Auto Esporte, pelo campeonato paraibano de 2023; e

Sousa x Auto Esporte, pelo campeonato paraibano de 2023.

As partidas do Brasileirão ocorreram no segundo turno do campeonato. Já as dos estaduais ocorreram em janeiro e fevereiro deste ano.

Os mandados são cumpirdos em Goiânia (GO), Bataguassu (MS), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP).

“A operação de hoje é desdobramento das Operações Penalidade Máxima I e II, deflagradas em fevereiro e abril de 2023, respectivamente, e que resultaram, até o momento, no oferecimento de 3 denúncias recebidas pelo Poder Judiciário, com 32 pessoas acusadas de crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo”, diz a nota do MPGO.

O órgão explica o esquema: o grupo criminoso aliciava jogadores profissionais em troca de quantias altas de dinheiro. Os atletas deveriam cumprir funções específicas nos jogos, como receber punição com cartão amarelo ou vermelho; cometer penâlti ou placar parcial na partida. O objetivo era obter lucros em sites de apostas esportivas.

O Correio entrou em contato com o Goiás para comentar o caso, mas não obteve resposta até o momento. A assessoria do Flamengo também é buscada pelo Correio. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações. 

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Foto: divulgação