FBI detalha para PF como ajudante de Bolsonaro negociou Rolex

Em sua delação à Polícia Federal, Cid firmou que a venda do Rolex aconteceu por determinação de Bolsonaro.

PF diz que Bolsonaro tinha conhecimento da minuta do golpe

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/11/2023 às 12:46 | Atualizado em: 27/11/2023 às 12:47

O FBI detalhou à Polícia Federal uma troca de e-mail do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, com a Precision Watches.

Trata-se de uma loja onde foi vendido ilegalmente um relógio Rolex, dado ao ex-presidente pelo governo da Arábia Saudita.

A informação, divulgada a princípio pelo O Globo, destaca que na troca de mensagens, Cid informa que iria recomprar o item e que iria fazer o pagamento em dinheiro.

Conforme publicou a Carta Capital, o estabelecimento avisa que, por se tratar de uma operação acima de 20 mil dólares, o comprador precisaria assinar um documento.

Dessa forma, na resposta, Cid afirma que a pessoa que será a compra é o advogado Frederick Wassef.

Assim, as mensagens contrariam a versão apresentada por Wassef, que apesar de admitir ter recomprado o Rolex, negou ter sido orientado por Cid a fazer a operação.

Como resultado, o relógio, vendido ilegalmente, uma vez que fazia parte do acervo presidencial, foi recomprado no valor de 49 mil dólares.

Ainda segundo a publicação, em sua delação à Polícia Federal, Cid afirmou que a venda do Rolex aconteceu por determinação de Bolsonaro.

Ou seja, após o ex-presidente ter se queixado dos valores que teria que pagar devido a condenações judiciais, motociatas, mudança do Palácio de Alvorada. Assim como transporte dos presentes recebidos.

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Foto: Alan Santos/PR