Famosa casa noturna vira templo religioso nas horas vagas

DJ Renato Ratier e Baby do Brasil lideram culto evangélico na icônica casa noturna D-Edge.

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Bruna Lira, da Redação  do BNC Amazonas 

Publicado em: 12/03/2025 às 15:44 | Atualizado em: 12/03/2025 às 15:44

Na noite de 10 de março, a boate D-Edge, em São Paulo, se transformou em um espaço de culto evangélico. O DJ e empresário Renato Ratier e a cantora Baby do Brasil lideraram o evento, que atraiu um público diverso. Pela primeira vez, o tradicional palco da música eletrônica abriu suas portas para uma celebração religiosa.

Ratier iniciou o culto compartilhando seu testemunho. Ele afirmou que sua conversão o deixou mais leve e tranquilo ao tocar. Além disso, rebateu críticas e garantiu que ser DJ e evangélico não são condições incompatíveis.

Baby do Brasil, por sua vez, apresentou um repertório gospel. Durante sua fala, polemizou ao mencionar um “trabalho” religioso encontrado na calçada. Em seguida, defendeu que vítimas de abuso sexual deveriam perdoar seus agressores.

O pastor Pedro Santana, que também subiu ao palco, causou desconforto ao relatar sua trajetória. Ele afirmou ter trabalhado como transformista e na prostituição, até que se “curou” ao aceitar Jesus. No entanto, suas declarações geraram controvérsia. O público se incomodou ao ouvir, dentro de um espaço historicamente inclusivo para LGBTQIA+, um discurso sobre “cura”.

Após o culto, organizadores serviram um jantar a um grupo seleto de convidados. O cardápio trouxe salpicão de frango, peixe branco com leite de coco e filé mignon com molho roti. No entanto, bebidas alcoólicas não foram disponibilizadas.

No dia seguinte, Ratier respondeu às críticas. Ele garantiu que Santana não havia sido convidado para pregar e tentou minimizar a polêmica. Segundo ele, a palavra “cura” se refere a uma transformação pessoal, e não à orientação sexual. Por fim, afirmou que o D-Edge poderá sediar cultos mensalmente, caso a demanda continue.

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Foto: divulgação