O que fake news sobre jambu do Amazonas tem a ver com as eleições

Publicado em: 09/07/2018 às 06:23 | Atualizado em: 09/07/2018 às 06:23
O Amazonas aparece na edição da Folha de S.Paulo deste domingo com um caso exemplar de fake news, prática criminosa que afeta veículos de comunicação de todo o país e que começa a ser combatida agora com mais atenção.
Paulo Cesarino Costa, o ombudsman do jornal, cita que em 2013, um blog de Manaus (que hoje virou portal de notícias) publicava que “americanos teriam obtido uma patente sobre um dos componentes do jambu e, por isso, cientistas da Universidade Federal do Amazonas estariam proibidos de fazer pesquisas sobre o vegetal”.
Segundo Costa, a notícia se espalhou em republicações por vários sites e redes sociais, fazendo com que até mesmo um desatento presidenciável embarcasse na fake news, espalhando em suas redes sociais que o Brasil tinha “falado fino com os Estados Unidos” ao perder a patente do jambu.
De acordo com o ombudsman, a notícia falsa que surgiu de Manaus foi desconstruída em “reportagem clara e precisa da Folha” no último dia 4.
Costa aborda no artigo que a aproximação das eleições vão intensificar o espalhamento de notícias falsas, exigindo constante checagem por parte da imprensa do que vai ser publicado.
O exemplo das eleições americanas que levaram Donald Trump ao poder, com suposta participação da Rússia atuando com fake news, e também as mexicanas, quando grupos antagônicos se digladiaram com notícias falsas, é o que deve se repetir no pleito brasileiro de outubro.
No final de junho, foi lançado no Brasil o Comprova, plataforma destinada à checagem de notícias falsas, conteúdo forjado e manipulações em redes sociais, sites e aplicativos de mensagens relacionados às eleições de 2018, que tem a participação de 24 organizações de mídia. O trabalho é previsto para começar em agosto.
Leia o artigo completo de Paulo Cesarino Costa, na Folha.
Foto: Reprodução/Fotos Públicas