Atentado nos Três Poderes: bolsonarista tinha mais explosivos em casa

Após o ataque de Francisco Wanderley Luiz na Praça dos Três Poderes, a Polícia Militar encontrou mais explosivos em Ceilândia. A PF investiga o caso.

Diamantino Junior

Publicado em: 14/11/2024 às 10:42 | Atualizado em: 14/11/2024 às 10:42

A Polícia Militar do Distrito Federal informou nesta quinta-feira (14/11) que localizou artefatos explosivos no local onde Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, estava hospedado em Ceilândia, a 30 quilômetros de Brasília. Francisco, que era de Rio do Sul (SC), morreu na quarta-feira (13/11) ao detonar explosivos na Praça dos Três Poderes por volta das 19h30.

Explosivos encontrados e desativados

Durante a madrugada, o esquadrão antibombas da PM realizou uma varredura no local e desativou três dispositivos explosivos para garantir a segurança dos agentes envolvidos na investigação, que está sob responsabilidade da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do DF. O corpo de Francisco foi retirado na manhã de quinta-feira, após o local ser liberado para perícia.

Além disso, a PM realizou vistorias nos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. O carro de Francisco, estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, também foi alvo de uma explosão controlada devido à presença de explosivos.

Investigação da Polícia Federal

A PF abriu um inquérito para investigar o caso, utilizando estratégias semelhantes às empregadas na apuração dos ataques golpistas de 8 de janeiro do ano passado.

Peritos criminais vão analisar os vestígios encontrados e usar tecnologia 3D para reconstituir o cenário do ataque e entender a dinâmica do ocorrido.

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Um morto em explosões na frente do STF e Câmara dos Deputados

Imagens das câmeras de segurança do STF mostram Francisco atirando explosivos na direção da escultura A Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte. Ele também acendeu um dispositivo preso ao próprio corpo, resultando na sua morte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia deixado o Palácio do Planalto antes do ocorrido, e os ministros do STF foram retirados em segurança após os estrondos das explosões serem ouvidos no plenário.

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil