Ex-ministro diz que plano de Bolsonaro era privatizar Petrobrás

Ele revelou que a Petrobras seria privatizada em um hipotético segundo mandato de Bolsonaro.

Ex-ministro diz que plano de Bolsonaro era privatizar Petrobrás

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 14/07/2023 às 06:56 | Atualizado em: 14/07/2023 às 06:56

O ex-ministro Adolfo Sachsida, responsável pela pasta de Minas e Energia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), disse que havia um plano para vender a Petrobras.

De acordo com ele, caso o então presidente da República conseguisse sua reeleição em 2022. Como informa o A Tarde.

Conforme a publicação, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Sachsida defendeu que o setor privado consegue fazer gestão de mais qualidade que o Estado.

Dessa forma, ele disse que a principal empresa de gestão pública do país, a Petrobras, seria privatizada em um hipotético segundo mandato de Bolsonaro.

“Nós iríamos privatizar a Petrobras se o presidente Bolsonaro ganhasse a eleição. Embora muita gente não acreditasse que isso fosse possível, a privatização da Petrobras estava sendo preparada pelo governo”, confessou Sachsida.

De acordo com o ex-ministro, os estudos para encontrar a melhor forma de vender a Petrobras já estavam sendo tocados internamente no governo de Bolsonaro. 

Havia várias propostas de como privatizar a Petrobrás na mesa, mas nós estávamos estudando uma maneira de fazer a privatização gerando competição nos setores de petróleo e gás. A gente não iria trocar um monopólio estatal por um monopólio privado. Isso iria facilitar e melhorar muito a vida dos brasileiros, disse o ex-ministro bolsonarista.

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“Sinal verde”

Além disso, Sachsida revelou que Bolsonaro havia dado um “sinal verde” para tocar a privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA), com a inclusão das empresas no PPI (Programa de Parceria de Investimentos).

Pelo entendimento que eu tive com ele até o fim do governo, tinha sinal verde para tocar a privatização da Petrobrás. Tanto é que ela foi tocada. Não foi só da boca para fora. O primeiro passo foi pedir ao PPI para começar os estudos sobre a privatização e o conselho do PPI aprovou o nosso pleito, afirmou Sachsida.

E continuou:

“Meu primeiro ato oficial foi solicitar ao ministro Paulo Guedes, a quem o PPI era subordinado, para incluir a PPSA e a Petrobras no processo de privatização. Então, eu acredito que teria o apoio do presidente para dar continuidade ao processo, caso ele ganhasse a eleição. Só que, agora, tudo mudou”.

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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil