Estudo aponta que isolamento pode ter poupado 118 mil vidas no Brasil
No cenário mais provável, em que os especialistas ponderam as médias, maio teria terminado com 147.447 mortes, número cinco vezes maior do que o registrado oficialmente
Publicado em: 24/07/2020 às 14:48 | Atualizado em: 24/07/2020 às 15:04
De cordo com estudo realizado por professores da área de estatísticas econômicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o isolamento social em maio pode ter poupado 118 mil vidas no Brasil.
Tomando por base dados de como a pandemia se comportou no país, bem como taxa de isolamento e diferenças regionais, os professores estimaram que a cada 1% de aumento no isolamento havia uma redução na taxa de crescimento do coronavírus de até 37%.
“Fizemos uma equação estudando a transmissão do coronavírus. Com base nos dados de isolamento social que levam em conta o monitoramento por GPS de celulares, observamos como o vírus se espalhou nos estados brasileiros, com diversos graus de distanciamento”, afirmou o professor Caio Chain.
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Dessa forma, em maio, o isolamento social médio no país, de acordo com estes dados de GPS, foi de 44%, e o mês terminou com 29.367 mortes.
Pelo exercício, se o isolamento social tivesse sido de 25%, como era em fevereiro (ou seja, a média normal do país, pois nem todas as pessoas saem de casa todos os dias), tanto o número de casos como o de mortes seria muito maior.
No entanto, esse cálculo foi feito comparando as diferenças de casos e mortes nos estados com diferentes níveis de isolamento social.
No cenário mais provável, em que os especialistas ponderam as médias, maio teria terminado com 147.447 mortes, número cinco vezes maior do que o registrado oficialmente (29.367 óbitos registrados), ou seja, 118.080 vidas teriam sido salvas de acordo com essa projeção estatística.
Leia em O Globo.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil