Entidades querem fim de greve de auditores e cobram governo
Ofício diz que não tem sido observada "preocupação" do governo federal com uma solução rápida para o fim do movimento grevista

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 04/02/2024 às 16:40 | Atualizado em: 04/02/2024 às 17:34
O Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimentos (IBCI) enviou documento ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad cobrando o fim da greve dos auditores fiscais.
O ofício entregue por Welber Barral, presidente da entidade, diz que movimento de greve dos auditores fiscais começa a gerar reflexos negativos para o fluxo do comércio exterior brasileiro.
Segundo o documento, que é subscrito por outras três associações privadas, cargas estão levando quatro vezes o tempo normal para o desembaraço nas áreas aduaneiras. Como informa o Uol.
O ofício diz ainda que não tem sido observada “preocupação” do governo federal com uma solução rápida para o fim do movimento grevista.
Como resultado, gera risco de desabastecimento de insumos estratégicos para a indústria e para o agronegócio e resultaria em “prejuízo expressivo para a economia”.
No extremo, a situação pode inviabilizar a operação e o investimento de muitas empresas, advertem no documento o IBCI. Assim como as associações das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla), das Empresas de software (Abes) e da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Ainda conforme a publicação, os auditores fiscais estão em greve desde o dia 20 de novembro.
Nesse sentido, a categoria cobra a regulamentação de uma lei que instituiu o pagamento de um bônus de produtividade.
Cargas
Além disso, recentemente, os atos foram intensificados em portos, aeroportos e pontos de fronteira com foco nas cargas.
De acordo com o IBCI e as associações, os prazos de desembaraços que demorariam normalmente até cinco dias atualmente estão levando mais de um mês.
Da mesma forma, dizem também que o acúmulo de cargas nos aeroportos, por onde passam encomendas e remessas internacionais, prejudica operações de marketplaces e plataformas digitais de comércio.
Com isso resulta em um grande número de desistências e cancelamentos de compras.
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Foto: Sindfisco