Eleição na Câmara expõe racha na direita e traição a Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro está certo de que deputados do PL tenham ignorado sua orientação na eleição para a presidência da Câmara. Nos bastidores, ele aponta sinais de traição.

A suspeita surgiu após Marcel Van Hattem (Novo) receber 33 votos, número bem acima dos quatro parlamentares do partido. Para Bolsonaro, parte dos votos veio do PL.

O resultado acentuou divisões na direita. Enquanto um grupo defende alianças para ampliar influência no Congresso, outro rejeita acordos com o Centrão e aliados do governo Lula.

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro criticou Van Hattem. Inicialmente, ele lembrou que o deputado se elegeu com apoio bolsonarista, contudo, agora se posiciona contra a orientação do grupo.

“A sua votação para presidente da Câmara aumentou [em relação a 2023] porque o partido de Bolsonaro passou de 36 deputados para cerca de 100. Você sabe que teve mais votos de deputados do PL do que do seu partido, o Novo”.

Além disso, Mario Frias também atacou Van Hattem. Segundo ele, a candidatura do deputado do Novo na eleição da Câmara serviu apenas para fortalecer seu nome para 2026.

Por outro lado, Bolsonaro apoiou Hugo Motta (Republicanos) para a Câmara e Davi Alcolumbre (União) para o Senado. O objetivo era garantir espaço estratégico no Congresso.

No entanto, os apoiadores de Van Hattem discordam dessa estratégia. Para eles, a direita não pode se alinhar a candidatos próximos ao PT sem perder sua identidade ideológica.

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Veja na íntegra na coluna de Paulo Cappelli no portal Metrópoles.

Foto: divulgação