Eduardo Bolsonaro escancara agir contra brasileiros nos EUA

Deputado reafirmou atuação conspiradora ao declarar que vai trabalhar a favor da tarifa de Trump ao Brasil.

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 29/07/2025 às 19:31 | Atualizado em: 29/07/2025 às 19:32

A recente declaração de Eduardo Bolsonaro sobre a comissão de senadores que busca negociar com os Estados Unidos em relação ao tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras levanta sérias questões sobre seu comprometimento com a diplomacia e a política exterior do Brasil.

Em sua entrevista, Eduardo afirmou que trabalha para que a missão de senadores brasileiros não consiga estabelecer diálogo com o governo americano, alegando que acordos vindos daquela comitiva seriam apenas “meio-termo” e que não representam a justiça desejada.

Com essa postura, o filho de Bolsonaro demonstra uma clara contradição com os interesses do país e uma visão distorcida sobre o papel do Brasil nas relações internacionais.

Ao criticar abertamente os senadores que compõem a comitiva, Eduardo desconsidera o contexto de crise institucional que o Brasil enfrenta e ignora a importância de um diálogo produtivo com os Estados Unidos.

Segundo suas palavras, “não haverá recuo” nas tarifas americanas, reforçando uma atitude de resistência a negociações que, em última análise, poderiam beneficiar o Brasil.

Além disso, aponta para a necessidade de um “primeiro passo” do Brasil para resolver sua situação política interna.

Contudo, a quem Eduardo se refere quando fala em passos?

Ao deslegitimar os esforços de senadores em busca de um entendimento, ele não apenas enfraquece a própria diplomacia do Brasil, mas também ignora o impacto potencial de sua retórica contrária.

No momento em que o Brasil necessita de robustez nas negociações internacionais, a postura beligerante e desagregadora de Eduardo Bolsonaro parece mais preocupada em criar divisão do que em construir alianças estratégicas.

Se de um lado, membros do Senado se esforçam para evitar um tarifaço devastador para a economia brasileira, do outro, vemos um deputado atuando em sentido contrário, enfraquecendo a imagem e a capacidade do Brasil de dialogar e negociar com um dos seus principais parceiros comerciais.

Essa contradição merece ser amplamente discutida. As decisões políticas não devem ser vistas apenas como um reflexo de um embate ideológico, mas como parte de um tecido diplomático que pode trazer benefícios ao país como um todo.

É hora de questionar: até onde a ambivalência política pode levar o Brasil em suas relações internacionais?

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Foto: Cleia Viana/Agência Câmara