Economia dá sinais de alívio com queda da inflação em março
Recuo foi puxado por energia, transporte e fim de reajustes escolares, segundo análise do Ipea.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 17/04/2025 às 16:57 | Atualizado em: 17/04/2025 às 16:57
Março deu um fôlego à economia brasileira, com a inflação caindo para todas as faixas de renda, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O maior alívio foi registrado entre as famílias de renda muito baixa, com a taxa recuando de 1,59% em fevereiro para 0,56% em março. No topo da pirâmide, o índice caiu de 0,9% para 0,6%.
Os mais pobres sentiram alívio principalmente com a estabilidade nas contas de luz e a redução nas tarifas do transporte público. Entre os mais ricos, o fim dos reajustes escolares, que pesaram em fevereiro, desacelerou as despesas.
Mesmo com o alívio geral, o aumento dos preços de alimentos essenciais continua a pressionar. Ovos subiram 13,1%, tomate 22,6%, café 8,1% e leite 3,3%. Em contrapartida, houve quedas no arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%).
Na comparação com março de 2024, a inflação aumentou em todas as faixas. No acumulado de 12 meses, o impacto foi maior para as rendas mais altas (5,61%), enquanto as mais baixas ficaram com 5,24%.
Alimentos, transportes e saúde seguem como principais pressões. Itens como gasolina (10,9%), etanol (20,1%), café (77,8%) e planos de saúde (7,3%) lideram as altas.
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