E. Bolsonaro pode presidir comissão que amplia ação de extremistas no exterior

PT trabalha para "blindar" a Comissão de Relações Exteriores e negocia com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para que o PSDB assuma a presidência

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Mariane Veiga

Publicado em: 04/02/2025 às 22:31 | Atualizado em: 04/02/2025 às 22:41

O Partido dos Trabalhadores (PT) busca evitar que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, sob o argumento de que a aprovação poderia favorecer uma agenda da extrema-direita no cenário internacional. 

A comissão terá papel estratégico em 2025, com a realização da COP30 em Belém e da Cúpula dos Brics no Rio de Janeiro. 

O PT considera que a comissão não deve ser usada como plataforma política, como ocorreu no ano passado, quando a oposição, com o PL, teve forte influência nas decisões sobre política externa.

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Segundo o líder do PT, Lindbergh Farias, o partido trabalha para “blindar” a comissão e negocia com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que o PSDB, por meio de Beto Richa (PSDB-PR), assuma a presidência.

Caso o acordo se concretize, esta será a segunda vez consecutiva em que o PSDB ficará à frente do colegiado.

Além disso, o PT também demonstra interesse em presidir a Comissão de Educação, com o nome da deputada Dandara (PT-MG) sendo cogitado para a função.

No ano passado, a presidência da comissão foi ocupada por Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado de Jair Bolsonaro.

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil