E. Bolsonaro e adoradores de Trump põem PL em polvorosa

A exibição de uma bandeira em apoio a Donald Trump no Congresso, na terça-feira (22), acendeu o sinal de alerta no PL. Deputados do partido participaram do ato, mas acabaram repreendidos por colegas, de acordo com a colunista do Globo News, Andréia Sadi.

Segundo integrantes mais pragmáticos da legenda, a cena desviou o foco da crítica principal: a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de suspender reuniões de comissões controladas por bolsonaristas.

Em reservado, aliados afirmaram que quem quisesse levar a bandeira dos Estados Unidos que o fizesse individualmente. Em grupo, porém, a ação só agravava a crise aberta com o tarifaço de Trump.

Crise com Eduardo Bolsonaro

O comportamento do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é outro fator que incomoda a cúpula do PL. Ele tem sido descrito como “incontrolável” por lideranças do partido, que o acusam de não ouvir ninguém e de não apresentar saídas políticas.

Na avaliação de dirigentes, Eduardo não deixou claro que não pediu o tarifaço, algo considerado essencial para proteger a imagem da direita. Também irritou o partido ao atacar o governador Tarcísio de Freitas (PL-SP), o que parou após conselhos do próprio pai Bolsonaro.

Mesmo assim, Eduardo sinaliza que pretende manter a ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF). A aposta dele é seguir com a retórica de que mirava a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.

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Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados