Taxa de desemprego no Brasil é a menor desde 2014, diz IBGE

Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 8%, a menor desde 2014.

Desemprego bate maior taxa em nove anos da série histórica, diz IBGE

Diamantino Junior

Publicado em: 28/07/2023 às 10:38 | Atualizado em: 28/07/2023 às 10:39

Nesta sexta-feira (28/7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, revelando que a taxa média de desemprego no Brasil ficou em 8% no trimestre encerrado em junho deste ano.

Essa taxa representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em março (8,8%) e de 1,3 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado (9,3%).

Trata-se da menor taxa de desemprego registrada para um trimestre encerrado em junho desde 2014.

As estimativas do mercado apontavam para um índice de desocupação de 8,2%, mas o resultado ficou abaixo do esperado.

A população desocupada também apresentou uma queda significativa, com 8,6 milhões de pessoas, representando uma redução de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Por outro lado, a população ocupada cresceu 1,1% em relação ao trimestre anterior, chegando a 98,9 milhões de pessoas. Na comparação anual, o aumento foi de 0,7%.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destacou a expansão dos trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais no trimestre e no ano.

A análise por atividade revelou um aumento da população ocupada nos segmentos de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,2%) em relação ao trimestre móvel anterior.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento nos segmentos de transporte, armazenagem e correio (4,3%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2,9%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,6%). No entanto, os segmentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5%) e construção (-4,6%) registraram quedas.

O rendimento real habitual ficou estável em R$ 2.921,00 em relação ao trimestre anterior, mas apresentou crescimento de 6,2% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual também ficou estável na comparação trimestral, mas registrou um avanço de 7,2% na base anual.

Apesar dos resultados positivos, os analistas apontam para uma possível desaceleração no mercado de trabalho no segundo semestre deste ano, impactado pela queda na atividade econômica.

Mas a previsão é de que a taxa de desemprego permaneça abaixo de 8% até o final de 2023, mantendo-se abaixo da média histórica brasileira de cerca de 10%.

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Foto: Reprodução/ Agência Brasil