Deputado bolsonarista teria ligação com golpista no Rio, dizem PGR e STF
Conforme a PGR, o vínculo "transpassa" o lado político

Mariane Veiga
Publicado em: 18/01/2024 às 21:50 | Atualizado em: 18/01/2024 às 21:54
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a ordem de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), cumprida pela Polícia Federal nesta quinta (18), foi motivada por uma “forte ligação” do parlamentar com Carlos Victor de Carvalho.
Carvalho é identificado pela PF como uma “liderança da extrema direita” de Campos dos Goytacazes (RJ).
Esse vínculo é indicado pela PGR a partir de conversas por mensagem de celular, nas quais a liderança pede orientações e autorizações a Jordy para organizar atos golpistas após as eleições de 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Lula da Silva (PT).
As buscas foram pedidas pela PGR e autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos golpistas.
Em vídeo nas redes sociais, Jordy negou relação com golpistas.
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Ainda de acordo com a PGR, os dois chegaram a se falar por telefone no dia 17 de janeiro de 2013, uma semana após os atos golpistas na Praça dos Três Poderes, quando Carvalho estava foragido.
Segundo a PGR, a investigação foi aberta para apurar os movimentos de bloqueios em estradas.
No curso da investigação, “especificamente quando da análise das mídias, de dados obtidos nas contas de e-mail ou fontes abertas, foi possível colher indícios que Carlos Victor de Carvalho possui fortes ligações com o deputado federal Carlos Jordy”.
A PGR afirma que o vínculo “transpassa” o lado político, “denotando-se que o parlamentar, além de orientar grupo expressivo de pessoas, tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas”.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil