Daslu e o fim de marca ligada ao luxo e ao crime

A marca será leiloada 10 anos após a morte da antiga dona, Eliana Tranchesi

Daslu e o fim de marca ligada ao luxo e ao crime

Publicado em: 07/06/2022 às 13:16 | Atualizado em: 07/06/2022 às 13:16

Na década de 90 durante o governo de Fernando Collor de Mello, a empresa Daslu tornou-se no Brasil a empresa varejista que por anos foi símbolo do mais alto luxo da moda brasileira.

Nesse período, Eliana Tranchesi, então com 35 anos, fez o impossível e convenceu a Chanel a abrir a sua primeira loja do mundo dentro de uma outra loja, a Daslu.

A empreitada ocorreu nove anos após pronunciamento de Collor, em 1990, sobre abertura para comercialização de produtos importados no país.

Diante disso, a saga da Daslu para trazer a marca francesa resume as particularidades da marca que, sob todos os critérios, foi um monumental case de empreendedorismo feminino —antes de cair em desgraça e ser associada a um mundo de ostentação agressiva.

Uma década após a morte de Eliana, que se envolveu em escândalos de sonegação fiscal e formação de quadrilha, acontece nesta terça-feira (7), às 13h, o leilão da marca Daslu. O valor arrecadado será usado para pagar os custos de seu processo de falência.

A Polícia Federal estima cerca de R$ 500 milhões apenas em dívidas tributárias. Os advogados da marca, no entanto, contestaram débitos. De toda forma, o leilão da marca é uma das ações judiciais para ir abatendo a dívida. O site da casa de leilões Sodré Santoro afirma que o lance inicial é de R$ 1.411.022.

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