Crescem países que rejeitam vitória de Maduro e pressionam Lula

A mais alta corte da Venezuela referendou a vitória de Maduro e determinou que as atas eleitorais, que registraram votos, não podem ser mostradas

Ferreira Gabriel

Publicado em: 23/08/2024 às 14:38 | Atualizado em: 23/08/2024 às 14:38

A vitória de Nicolás Maduro, nas eleições venezuelanas realizadas em junho segue contestada mesmo após a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de respaldar o resultado.

Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da OEA (Organização dos Estados Americanos), rejeitaram nesta sexta-feira (23), a sentença da Corte.

Na quinta-feira (22), o TSJ, a mais alta corte da Venezuela e aliada de Maduro, disse em uma sentença reconhecer a vitória do presidente venezuelano no pleito de julho, respaldando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE, a Justiça eleitoral do país), também comandanda por um partidário de Maduro.

No entanto, o TSJ também não apresentou a contagem de votos, o que vem sendo pedido pela oposição e pela comunidade internacional.

Em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta, EUA, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai disseram que não reconhecem a decisão do Supremo venezuelano. Os signatários também pedem uma “auditoria imparcial” dos votos.

“Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validez da declaração do CNE (de que Maduro venceu as eleições), logo depois de que o aesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas (eleitorais, que contabilizam os votos) e da recusa posterior em que se fizesse uma auditoria imparcial e independente”, disse o comunicado.

O Brasil ainda não se manifestou após a a sentença do TSJ, e deve fazer um comunicado conjunto com a Colômbia sobre a decisão.

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Foto: Divulgação