‘Covarde, omisso e porcaria de comando’, diz Malafaia do aliado Bolsonaro
Bolsonaro e filhos reagiram. Saiba como.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 08/10/2024 às 15:41 | Atualizado em: 08/10/2024 às 15:42
O bolsonarista pastor Silas Manafaia disse estar decepcionado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela falta de posicionamento nas eleições de São Paulo domingo (6/10).
Conforme o Correio Braziliense, Malafaia afirmou que Bolsonaro se omitiu e foi “covarde” por ter tido medo de que Pablo Marçal (PRTB) derrotasse seu candidato, o prefeito Ricardo Nunes (MDB.
Para o pastor, “Bolsonaro foi covarde, omisso. Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores. Que político é esse, meu Deus?”, questionou.
Além disso, ele disse ainda que enviou “mais de 30 mensagens duríssimas” para Bolsonaro, que não o respondeu em consideração ao apoio que o ex-presidente recebeu de Malafaia nos momentos cruciais da vida, como quando perto de ser preso, “chorou por cinco minutos ao telefone sem parar”, segundo contou pastor em entrevista.
E acrescentou:
“Agora vamos para a maior decepção: Jair Messias Bolsonaro. Um político é reconhecido por seus posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? ‘Eu não sou confiável em meus apoios políticos’. Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná [onde se comprometeu anteriormente com alianças] foi uma vergonha”, criticou.
“Em São Paulo ele ficou em cima do muro. No Paraná, tendo candidato [indicado pelo PL] a vice [de Eduardo Pimentel, que concorre a prefeito], declarou para a mulher lá {Cristina Graemi}, que concorria contra Pimentel] ‘pode usar meu nome’. Sinalizou duplamente. Gente! Isso não é papel da direita de nível maior. Eu apoio Bolsonaro. Mas eu já disse: sou aliado, e não alienado. Bolsonaro foi covarde, omisso. Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores. Que político é esse, meu Deus?”, continuou o pastor.
Flávio Bolsonaro
Em nota, divulgada pelo O Tempo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que “poupa suja se lava em casa, e não em público”, e que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, “fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo.”
O parlamentar defende que se não fosse pelo ex-presidente, Ricardo Nunes não teria vencido a queda de braço com Marçal e ido para o segundo turno.
“Assim como foram decisivos Tarcísio e Malafaia, cada um na sua função, como um time de futebol que não ganha só com atacantes. A fase agora é de distencionamento e, sem orgulho e vaidade, vamos juntos vencer a extrema-esquerda em São Paulo. 2026 já começou e precisamos ser mais racionais que emotivos”, disse Flávio.
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Foto: Isaac Nóbrega/PR