Congresso de Lira e Pacheco impõe dia de derrubada de vetos a Lula

Diante desse cenário, haverá limitação para o Planalto em 2024 fazer investimentos

Ferreira Gabriel

Publicado em: 15/12/2023 às 12:19 | Atualizado em: 15/12/2023 às 12:21

Na maior derrota do governo de Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o Congresso derrubou de forma integral 9 vetos presidenciais e outros 4 parcialmente nesta quinta-feira (14).

Dessa forma, haverá limitação para o Planalto em 2024 fazer investimentos. As votações foram por ampla margem de votos contrários à administração lulista.

No caso da desoneração da folha de pagamentos para empresas de 17 setores da economia e para prefeituras de cidades com até 142 mil habitantes, o placar no Senado foi de 60 votos contra o Planalto e só 13 a favor.

Na Câmara, foram 378 votos contrários e apenas 78 a favor. A derrubada da oposição de Lula a esse instrumento produzirá uma despesa extra de R$ 18,4 bilhões. Isso é mais da metade do que os R$ 35 bilhões estimados pelo governo em receitas extras com a MP 1.185 (a que acaba com subvenção a empresas para pagar menos impostos).

As derrotas no Congresso se deram mesmo depois de Lula ter liberado o pagamento recorde de R$ 10 bilhões em emendas ao Orçamento para deputados e senadores nesta semana. Não adiantou. Houve então resignação do Palácio do Planalto, que teve de aceitar um acordo amplamente desfavorável ao governo.

Lula e Haddad receberão em troca apenas uma promessa de aprovação da MP 1.185 antes do fim de 2023 –algo cujo resultado é diminuto em comparação com o que os lulistas esperavam obter até ontem.

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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado