Condenação de Bolsonaro no STF só falta definir placar: 5 a 0 ou 9 a 2
E isso é com os ministros Luís Barroso e Alexandre de Moraes

Ferreira Gabriel
Publicado em: 25/02/2024 às 13:36 | Atualizado em: 25/02/2024 às 13:36
A condenação e prisão de Jair Bolsonaro tem sido tema de discussões nos bastidores do STF sobre qual será o colegiado da Corte responsável por julgá-lo.
Além disso, há também questões como um calendário com possíveis datas para denúncia.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e o relator dos casos que envolvem Bolsonaro, Alexandre de Moraes, ainda não discutiram o assunto.
A dúvida, afinal, é uma: se o placar de uma mais do que provável condenação do ex-presidente seria por 5 votos a 0, na Primeira Turma do STF, ou 9 votos a 2, no plenário do Supremo. Não há dúvida sobre o voto de nenhum dos 11 ministros, ao menos não sobre condenar ou não Bolsonaro. Pode e deve haver divergência sobre dosimetria de pena ou se haverá condenação em todos os crimes pelos quais for denunciado.
Por se tratar de um ex-presidente, pelo simbolismo de punir o golpismo, Barroso acha que o julgamento deve ocorrer no plenário, pelos 11 integrantes da Corte.
Assim, também seria possível que os dois ministros indicados por Bolsonaro ao STF, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, participassem da análise do caso. Isso, na visão de Barroso, dissiparia a provável grita bolsonarista, caso a decisão recaia sobre a Primeira Turma, sem que Kassio e Mendonça, que integram a Segunda Turma, possam votar.
Moraes ainda não disse o que pretende fazer, mas, se seguir adiante com a preferência por celeridade e unanimidade no julgamento de Bolsonaro, a Primeira Turma será a opção. Compõem o colegiado, além de Moraes, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Leia mais na coluna de Guilherme Amado no Metrópoles
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Foto: Nelson Jr./STF