Como agiu chefe de inteligência de Anderson Torres para favorecer Bolsonaro

PF descobriu detalhes do plano de Bolsonaro para impedir eleitor de votar em 2022

Mariane Veiga

Publicado em: 22/01/2025 às 21:07 | Atualizado em: 22/01/2025 às 21:14

Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou que Marília Ferreira de Alencar, então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, se envolveu em mensagens de apoio explícito a Jair Bolsonaro (PL), para favorecer sua campanha nas eleições de 2022. À época, a pasta era conduzida por Anderson Torres.

O inquérito envolve o uso indevido da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições presidenciais daquele ano, que visava prejudicar o acesso dos eleitores às zonas eleitorais no segundo turno.

Segundo a investigação, nos celulares de delegados da PF cedidos ao Ministério da Justiça, foram encontradas mensagens em que Marília e outros policiais discutiam ações para dificultar o voto em áreas com forte apoio ao candidato petista Lula da Silva (PT).

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Em uma mensagem, ela escreveu: “só desisto no dia 30/10, 22h”, referindo-se ao dia da eleição.

Além de Marília, quatro delegados da PF e quatro ex-diretores da PRF também foram indiciados por envolvimento em ações ilegais, como a realização de barreiras em estradas no Nordeste, sem justificativa técnica, para impedir eleitores de votar.

Essas manobras foram consideradas parte de uma tentativa de beneficiar Bolsonaro no pleito. O inquérito foi concluído em 2023, com os indiciamentos dos envolvidos.

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil