CPI dos golpistas: Cid vai voltar e sigilo de Zambelli e hacker é quebrado

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) aprova reconvocação de tenente-coronel Mauro Cid e quebras de sigilo de políticos.

Diamantino Junior

Publicado em: 24/08/2023 às 12:09 | Atualizado em: 24/08/2023 às 12:09

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro no Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira (24/8), a solicitação para que o tenente-coronel Mauro Cid seja novamente convocado a prestar depoimento perante o colegiado.

A solicitação para que Cid retorne à CPMI faz parte de um conjunto de pedidos aprovados simbolicamente pelo colegiado nesta manhã.

Cid compareceu à CPMI pela primeira vez em 14 de julho, mas optou por manter-se em silêncio durante seu depoimento. Dentre os pedidos aprovados, estão a autorização para a quebra de sigilo telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e de seu irmão, Bruno Zambelli Salgado.

Além disso, o colegiado deu aval para a transferência das informações dos relatórios de inteligência financeira (RIFs) de ambos. A questão da quebra de sigilo de Zambelli gerou controvérsia entre os parlamentares na última terça-feira (22/8).

O deputado Marco Feliciano (PL-SP), que pertence ao mesmo partido de Carla Zambelli, criticou a relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA), por requerer a quebra dos sigilos. As solicitações de informações sobre Zambelli surgiram após o depoimento de Walter Delgatti Neto, o hacker do caso “Vaza Jato”, à comissão.

Ele fez diversas acusações contra a parlamentar. Nesta quinta-feira, a CPMI também deu sinal verde para a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Delgatti. Outros indivíduos também tiveram suas quebras de sigilo aprovadas hoje.

Isso inclui Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), e o segundo-tenente Osmar Crivelatti, auxiliar de Mauro Cid. Na oitiva desta quinta-feira, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro ouvirá o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis.

Reis fazia parte da equipe de Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Reis está sob investigação devido a transações financeiras consideradas atípicas relacionadas ao tenente-coronel Mauro Cid, também ex-auxiliar de ordens de Bolsonaro.

Essas suspeitas foram identificadas em um relatório de inteligência financeira (RIF) elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O RIF foi entregue à CPMI no início de agosto e aponta transferências de aproximadamente R$ 3,3 milhões para Cid.

Além das dúvidas em relação ao montante, Reis é investigado por suposto envolvimento nos eventos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

Ele também é suspeito de estar envolvido no esquema de falsificação dos cartões de vacinação do ex-presidente Bolsonaro e de seus familiares.

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Foto: Reprodução/Twitter